sexta-feira

Lembranças perdidas...

Ela vinha linda
linda e nua
bem me lembro

À noite vinha ela,
todas as noites
a cada lua mais bela

Tinha suas faces
assim como as fazes da lua
isso é o que mais admiro nelas

Se fecho os olhos
quando respiro fundo
sinto seu cheiro
e sua presença ao meu lado

Perfume de jasmim
cheiro de mulher
aroma de corpo quente
e desejo ardente

Lembro-me do toque de cetim
das palavras susurradas
suspiros profundo
gemidos abafados

Sim,ela esta aqui
Sempre estará
Não mais ao meu lado
Mas dentro de mim"

quarta-feira

Da infância

"Elas se amavam, simplesmente.
Viveram uma linda estória juntas.
se conheceram na infância.
Brincavam juntas.
Descobriram o amor da forma mais inocente:
Um dia bricavam com o prima de uma, que tentou beija-la.
A outra num gestou de ciúmes tomou-a para si e nunca mais soltou.

Cresceram juntas, foram secundaristas na mesma escola.
Prestaram vestibular, uma para medicina e outra para direito.
Campos separados. Mesma república.
Entre festas e ciumes.
Falatorios nas republica e discussoes familiares, resolveram morar juntas.
Foram para um quarto e sala e se descobriram casadas.

Foram de contra a familia, a religiao, aos pudores da criaão, aos amigops e vizinhos. Lutaram contra o mundo para ficarem juntas.

A mãe da primeira, não aceitou. Cortou-lhe a mesada e os cartoes.
A segunda mal tinha familia, por isso não se importou. Mas sabia que o curso de medicina da outra se tornaria mais dificil sem o apoio da mae.
Por isso arrumor um emprego para sustentar as duas.

A muito custo se formaram. A advogada que sempre trabalharara e ja estagiava, conseguiu logo um bom emprego, só que trabalhava demais...nao tinha muito tempo.
A outra , ja residente, trabalhava muito tambem, mas em um pequeno hospital e ganhava mal. E queria especializar-se na pediatria mesmo sem ganhar a bolda.

A advogada, ganhara a bolda do doutora fora do pais. Porém mais uma vez abdcou do seu sonho pela outra, pelos sonhos de sua amada.
Pare seu desgosto,sua esposa reconciliara-se com a familia, o que a obrigava a 'pedoar' tudo o que tinham passado por conta do preconceito. Embora tenha fingido estar tudo bem, nunca aceitara visitas em casa, nem mesmo fora visitar a mae da outra.A essa altura ja esquecera até da sua.

As brigas começaram, e so pioravam a situação.
A Dra. queria tudo, como sempre quis.
Menina mimada que esqueceu-se de crescer.
Ela não entendia porque a outra não aceitava a ajuda de sua familia. Nem as visitas, nem os telefonemas....nada.
A outra explicava que passaram por tudo sozinhas, que agora com a vida feita ja não precisava de nada além do amor dela. Que ela bastava para feze-la feliz.

Ela não entendia que a outra abdicou de tudo por ela.
Por amor a ela.
E que isso bastava.

O unico sonho que alimentavam juntas era o de ter um filho.
No meio de tantas brigas a outra lembrou a Dra. desde sonho, essa ja tunha se esquecido,disse,porem mentiu.
Sua espoda entristeceu-se. Sentiu-se esquecida. Traida. Abandonada.
Percebeu entao que esqueceu-se de si amuito tempo e por isso não podia culpar a outra por não se lembrar...

Preparou o jantar e as malas.

A noite, ao chegar em casa a dra. encontrou uma carta que dizia que sua esposa havia aceitado a bolsa do doutorado, que ia viajar em busca de si, para que ninguem mais a esquece-se. Disse tambem que voltaria em seis meses e esperava encontrar a mulher que sempre amou, a mulher que sonhou com ela ter um filho. Afirmou que a amava como sempre amou, mas não queria mais ver a pessoa egoista que ela havia se tornado."

Seis meses de passaram, alguns telefonemas nao atendidos, e-mails nao respondidos, cartas nao lidas outras nao enviadas.

A segunda voltou, só que agora ja doutara, ja nao se sentia mais a segunda, agora ela era ela, em primeiro lugar.
Ao chegar em casa encontrou na sla vazia, muitas fotos sobre a mesa.
Um album inacabado e um bilhete:
'Este albúm é a nossa vida, repleta de momentos felizes e inesqueciveis, lembraças ternas.Porém inacabado como nosso amor. Com carinho, Ana.'

Desesperada foi a procura de Ana, ja supunha que ela estaria na casa da mae, engoliu o orgulho e foi até lá. Ana veio a porta e mostrou-se grávida. Por um momento ea sorriu e pensou que sua amada fizera isso por elas, para salvar a relação, realizando o sonho que ela alimentara por tanto tempo.
Seu coração acelerou, queria agarra-la e toma-la para si como sempre fizera. mas antes que pudesse balbuciar qualquer coisa, o primo de ana apareceu, abraçando-a. E se pondo ao seu lado,no lugar que smepre fora dela."

sexta-feira

De muitas vidas...

Eis uma carta de uma mulher que encontrara o amor no meio da guerra em campo inimigo.

"É, a guerra acabou e você não veio.
Não sei o que aconteceu.
Não me lembro de tudo, nem sei como foi.

O que sei é que após tanto tempo nos reencontramos, mas acho que você não me reconheceu, ou melhor, não reconheceu em mim a mulher que eu fui.

Seu coração sabe. Sua alma também.
Porque nossas almas são unicas e somos um só coração.

Porém não posso esperar mais.
A vida me convida a viver e a amar e não há como recusar.

Acredito em você. Mas você não acredita em mim.
Temes em crer que sou a amada que tu procuras-te desde sempre.

Tenho fé na vida. E acredito que ela tenha em nós."

P.S.: Esta carta não fala sobre duas mulheres como a maioria das postagens aqui. Fala do amor de uma mulher que aguardou por muito tempo seu amor. Independente de ser um soldado, o inimigo, ou simplesmente um homem. Porque nos apaixonamos por pessoas. Sejam elas quem forem.